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Teste de Rodapé 1

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Nada a ver


Por trás do teu pH neutro eu não imaginava
Eu juro que não via a erupção
Você conseguiu me dilacerar
Fez-me sangrar como antes nunca havia

Por que costuma doer assim, tão nada a ver
Aquele sentimento que era um soneto composto
Se desfez.
Aqueles versos com rimas prosaicas
Cadê?

Não vou desmanchar a composição das poesias
Por você

Que nada a ver
Aquele amor era de vitrine
Se ao menos existisse eu não estaria aqui
Escrevendo o meu martírio sem crase no feminino.

Quando "for pra ser", quem vai saber?
Como vou ter a certeza  de que é o certo?
(Do tipo que compõe comigo aquelas músicas infantis e que não enxuga minhas lágrimas porque nunca vai me fazer chorar.)

Que nada a ver
eu ter pensado que era você.

Tua acidez me corroeu por inteira
Nem amigos éramos, relação estranha
Sem amor
Sem paixão
Sem afeto
Sem carinho
Sem estrutura, igual essa droga aqui escrita.
Sem você.

Eu não sei.

Que nada a ver.



Silêncio

Silêncio. Daquele que causa arrepio na espinha. Isso me destrói, me corrói, dói. Por que não és meu? Eu preciso sentir mais do que o vento no parapeito da janela. Preciso de você e algumas velas. O que preciso fazer pra respirar dentro de você? Me faça tua, sem lençol, nua. A noite não vem à toa pra quem quer sentir a sintonia. Me  abrace, me enlace, todo dia. Sinto-me desfalecida sem ouvir a melodia da canção. Me agarre e não solte a minha mão. Porque esse silêncio já não faz mais sentido, se você sabe o caminho então não diga estar perdido. Por que não és meu? Só preciso de uns CD’S e do teu amor puro, no escuro.
Silêncio

Antes de te amar

Antes de te amar
Eu me amei primeiro
Seu cabelo meio que unilateral
Sua pele com barba bem feita
Me pego às vezes
Ainda pensando no dia que te conheci
Tantas brigas intermináveis
Que até hoje
Ainda quero te dizer o que não disse
Minha pele bem cuidada
Só para tuas mãos deslizar macias em meu corpo
Eu fazia questão
De usar a hidratação mais cara
Pra você sentir no cheiro da minha pele
Dessa vez, eu juro
Que eu acreditei que terminaria bem
Que no final da noite eu te esperaria chegar do trabalho
Com um sanduíche talvez queimado
Mas com amor pra te dar
Que seríamos um só
Buscando o melhor pra depois
Sermos três
Ou talvez quatro, se adotássemos um cachorro
Porquê eu aprendi que amor não é poesia
Amor pode ser uma calcinha suja de sangue no banheiro
A pia suja de tinta de cabelo
A toalha compartilhada
Economizando a água do chuveiro
Num banho universal.
Amor é comer brigadeiro
É nunca ver um filme inteiro
Pois preferíamos nos aninhar
Acontece que não parece ser suficiente
Que mesmo tendo pensamentos diferentes
E opiniões distintas
E brigas mal ditas
E...
Amor não é só isso.
A insatisfação que se aparece
É mais que ‘justificável’ pra você esquecer
Quem é que aguentou as brigas
Os choros
Os sorrisos amarelos
Fui eu
Datas comemorativas
Esquecidas
Todos os presentes não comprados
Todas as mentiras contadas
A arrogância gratuita
Toda a astúcia
Foi você
Espero que você entenda, não agora, mas que entenda
Que o que perdeu
É tão mais empírico que matar a saudade
Que ter a ânsia de repetir
Algo que nunca foi feito
Espero que esteja satisfeito
Em me fazer de imbecil
Com o amor de camelô
Que você fingiu
Mentiras, sempre mentiras
Mentiras insaciáveis
Você não para
Você gosta disso
Gosta de tudo
Mas o amor de verdade
Você desconhece
Espero que encontre alguém que te supra
Que complete tua euforia de ter sempre mais um
Pra enganar




Corpos sem flores

Foi amando outra amada
Almejando outra estrada
Que você me quebrantou

Foi a mentira
A promessa não cumprida
Tua falta de lealdade
Que me dilacerou

Por instantes me sentia tua
No afago de palavras doentias
Que só mais tarde fui perceber
O quão mentiroso era você

Dei tudo o que precisava
Fui além do que bastava
Até diminuta me fiz
Para ser tua namorada

Ó, que fiz a ti?
Veja o que fizeste a mim!
Ainda quer me fazer sentir mal
Pelo fato de você ter sido banal

Afagos nunca pedi
Tampouco quis amores
Que além de insanos eram sem cores
Que além de desbotados eram sem flores

Ó, quão majestoso ficaste
Se achando o mais puro escalarte
Que nem consegue
Contar a verdade

Agora somos dois mortos
Sem amores, sem cores
Sem mentiras, nem favores
Apenas dois corpos sem flores

Dez perfeito

  • Sinto falta de um beijo incandescente Falta de passar a noite conversando premissas Por que tudo muda de maneira tão repentina? Você nem está mais na minha lista
  • Você era meu carnaval
  • Meu feriado predileto Nosso beijo derramava serpentina Eu era a 'sua menina' O que aconteceu com nós dois? Por que nunca deixávamos as brigas pra depois? O que nunca foi bom nunca será E o que era bom já foi Saiba que você era o meu 10 perfeito Sua falta me deixava de cama Seu beijo me deixava entorpecida E o seu toque me deixava em chama Tudo se foi Mas se foi por completo? Agora nem ao menos diz que me ama O sentimento partiu, pegou um trem e foi embora Mas o que um dia senti por ti Acho que estou sentido agora Não por você, não por nós dois Mas por outrem que está comigo nessa hora O que era um dez pra mim Hoje já não é mais nada Mas quando de fato eu disse estar apaixonada Era porquê eu estava

Escrevo pra quem não merece.